Nos últimos anos o debate sobre a existência real ou não de Jesus tem sido enorme, a maior parte vem de defensores do ceticismo, que tentam de todas as maneiras provar a não-existência de Deus, na realidade, a busca por provas de que Jesus não existiu é muito maior do que os que buscam provas de sua existência, até porque, quem acredita simplesmente não questiona.
 Vamos questionar sim a existência física de Jesus (a física apenas, já que a sua existência religiosa é inquestionável), para saber até que ponto os céticos tem razão, e se possuem fundamentos, também vale lembrar que vamos esclarecer apenas alguns pontos, pois o assunto é tão complexo que daria pra escrever uma nova "Bíblia".

 A primeira grande acusação é de que se excluir-mos a Bíblia não existe nenhum outro relato ou registro de sua existência, apenas alguma referencia e todas elas duvidosas.
 Sim, isto é fato, existem praticamente três relatos importantes sobre Jesus em tempos antigos, todos eles não dizem expressamente "Olha, existiu um homem chamado Jesus que fundou o cristianismo, que nasceu em Belém, e foi crucificado" (seus feitos ou milagres não importam, já que não é isso que estamos analisando, e sim a sua própria existência).
 Vamos a mais contestações:
 A Bíblia (novo testamento) foi escrita muito depois, e não foi escrita por testemunhas oculares da história, e sim por discípulos do cristianismo, textos estes muito comum na época e também comum em outras religiões (se utilizar de nomes históricos de grande peso para assinar um texto, como se o mesmo tivesse escrito ou ditado).
 Outra contestação é os mesmos textos serem contraditórios, contradizerem eles mesmos.
 Também pesa contra a existência história o fato de um imperador romano ter oficializado a religião em um momento de grande crise política, e o mesmo ter exigido entre outras coisas, a Bíblia propriamente dita, e também o fato de não haver convocado todas as seitas cristãs, apenas algumas, que na realidade era praticamente uma com alguns pontos de divergência (a maior delas seria se Jesus seria ou não o próprio Deus vindo a Terra).
 Bom, devemos reconhecer, são muitos os fundamentos que levariam qualquer um a questionar sua existência, para uma melhor análise, sugerimos que busque você mesmo mais informações sobre os pontos mencionados (alguns já publicados inclusive aqui), se aprofundem e entendam o porquê de tanto questionamento, não vamos nos estender explicando os pormenores de cada questão, pois como já dissemos, re-escreveria uma Bíblia.
 Agora sim, temos base para pelo menos explicar as contestações:
 A falta de registros históricos fora da Bíblia:
 Jesus não foi absolutamente nada para Roma, agitadores iguais Jesus brotava aos montes na palestina, a influencia judia, a crença em um messias, faziam surgir praticamente um novo messias por semana, Roma não impunha sua religião como uma Lei, isto faria com que a população já esmagada por impostos se revoltasse ainda mais, e deixava estes assuntos para os lideres locais, para Roma, não havia necessidade alguma de que fosse registrada qualquer coisa a respeito de Jesus, que era um homem pobre, sem poder político algum, e que não liderou nenhum tipo de revolta ou rebelião, ele apenas "falava aos pobres", e mesmo assim, um historiador Romano, Públio (Caio) Cornélio Tácito(cônsul romano), mencionou Jesus, o que pra um camponês tão simples, é um grande feito.
 Os registros sobre sua passagem, na realidade, poderiam ser encontrados em Jerusalém, porém a mesma foi totalmente destruída por volta de 60 D.C. e com isso, qualquer possibilidade de registro se perdeu, e mesmo que algo sobre sua existência história restasse, foram tantas guerras na região, que se não fosse destruído em 60 D.C. teria sido destruído mais tarde.
 Ou seja, não teria mesmo como comprovar com qualquer documento histórico sua existência.
 Agora vamos as complicações relacionadas a Bíblia, este talvez seja um ponto mais complicado, pois ela diverge em seus relatos, e não foi escrita por uma testemunha ocular. Então como comprovar?
 A principio, questionar a Bíblia não quer dizer diretamente questionar a existência física de Jesus, seus livros foram escritos por seguidores do cristianismo, todos datados de muito depois de sua morte, ou seja, não houve influencia nem mesmo dos Apóstolos diretos de Jesus, como foram escritos sequer vem ao caso, não possui a menor importância, estes textos na realidade representam apenas a fé e difundem o principio básico do cristianismo, por não ter sido escrito pelos próprios apóstolos, não quer dizer que afirmem que Jesus nunca existiu, na realidade, apenas comprova, nos diz que a história era tão difundida que resistiu há muito tempo, mesmo com algumas variáveis. Portanto, é errado tentar provar a não existência de Jesus se utilizando da Bíblia, ela pode ser questionada pelos seus fundamentos, mais em meio a teologia e não pela ciência, não pertence a ciência questionar fundamentos religiosos.
 Agora vamos ao que na realidade é o grande problema, e o de maior constrangimento, Constantino, este é o real problema, o Imperador Romano que validou o cristianismo como religião, dando fim a caça a seus seguidores, que mais tarde, se tornou a religião oficial do Império, os céticos chegam a chamar Jesus de "Jesus Herculano de Contanstino", uma referencia clara a peculiaridades que estão presentes no mitólogo deus romano e em Jesus, o maior e mais contundente argumento é que tudo foi invenção de Constantino, que perdia o poder político e procurou na religião uma forma de ainda manter o poder em Roma.
 Uma reunião com os principais líderes do cristianismo foi convocada por Constantino, ele queria antes de qualquer coisa, uma união e definição da religião, esta reunião chamada "Conclício de Nicéia" e foi bem documentada, inclusive registrando os participantes do encontro.
 Bom, não foram chamados todos os lideres de todas as seitas cristãs, foram chamados apenas os que possuíam maiores seguidores dentro do império romano, que se concentrava em apenas duas, todas as demais foram ignoradas por Roma, e não forneceram base alguma para a oficialização do cristianismo.
  Outra questão importante é que Roma não perseguia os "Cristãos" diretamente e sim os Judeus, após o conflito em Jerusalém, Roma tinha os Judeus como inimigos, e os perseguia, para Roma os Cristãos eram uma variação do judaísmo, não passava disto, ou seja, os princípios (o antigo testamento, o Torá) eram os mesmos, e com isso, os cristãos eram perseguidos da mesma forma que os judeus, porém com uma diferença, a doutrina cristã, pregava a ressurreição, enquanto os judeus não tinham seu messias(que deveria ter levantado a espada contra Roma), com isso, os cristãos não temiam a morte, pois acreditavam plenamente na ressurreição, tal fato chegou a incomodar Roma, pois podia-se matar a quantidade que fosse de cristãos, mas eles não diminuíam (grande parte devido a judeus se tornarem cristãos), já os judeus, fugiam.
 Então chegamos a seguinte conclusão, o cristianismo era considerado uma variável do judaísmo, e continuava em expansão, enquanto os judeus, acuados pela perseguição romana, fugiam, isso mostra que o cristianismo possuía uma base muito forte, forte o suficiente pra desafiar Roma, já os judeus não tinham a mesma força, ninguém acredita em nada sem um motivo, é incabível acreditar que Jesus nunca existiu sendo que admitir sua existência te levaria aos leões, ou seja, essa perseguição romana ajuda comprovar a existência de um Jesus histórico, baseado apenas na crença da definição da religião.
 Agora, a maior prova de que Jesus viveu entre os homens, não vem da igreja, vem sim dos seus inimigos, nem Judeus e muito menos os Romanos questionam sua existência, um fator deve ser levado em consideração por simples lógica:
 Se Jesus nunca tivesse existido, o fato teria sido levantado, já que Roma precisava de tal comprovação, e os Judeus nunca admitiram que Jesus fosse o messias, nunca houve uma contestação quanto a sua existência, a contestação é de que ele não seria o messias.
 Convenhamos, se na época de maior conflito não houve contestação, porque contestar mil e quinhentos anos depois?
   Porque depois deste tempo todo, nada pode ser comprovado, bom, pra maior esclarecimento, nada também pode ser negado!
 Nunca houve contestação da existência física de Jesus em seu tempo, o fato, por si só já derruba qualquer teoria contraria, e este é a maior comprovação de sua existência.
   Sem contar que "Um homem chamado Jesus, nasceu em Belém e foi crucificado em Jerusalém" seria uma descrição muito simples pra um nome muito comum, e cidades muito populosas, com certeza absoluta houve um "Jesus" que nasceu em Belém e foi crucificado em Jerusalém, é mais provável que isso tenha acontecido do que um José tenha sido presidente.
 Também, mesmo com menor importância, devemos mencionar que Jesus é descrito no Islã (com fundamentos diferentes, mas se trata do mesmo personagem histórico), é mencionado no budismo e até mesmo no hinduísmo, não se trata de uma mera menção, todas as demais religiões tem Jesus como um personagem de grande influencia, se considerar-mos que como Jesus, na mesma época existiram vários, o simples fato de sua história persistir, já basta para sua comprovação.
 Um professor de Física em uma importante universidade de São Paulo (não vamos mencionar nem o professor, nem a universidade, porém, se pesquisar um pouco, é fácil descobrir) disse que não acreditava na existência histórica de Jesus, eram tanto os argumentos que seria impossível crer que um homem como Jesus houvesse existido, até que um de seus alunos perguntou:
-Professor, eu li na internet que o homem nunca foi a lua, é tudo uma grande mentira, é verdade? Existe meio de comprovar?
 Todas as argumentações do professor foram contestadas (isso porque se passaram apenas 50 anos), ele parecia ter decorado tudo, sabia de cada detalhe, até do nome do produtor do filme ficcionista, até que o professor se lembrou dos russos, eram os russos que deveriam ter chagado a lua, eles estavam muito a frente dos americanos, e nunca houve tal questionamento, então o professor refletiu, é, o homem foi a lua, pois se não fosse, os russos teriam escancarado ao mundo, e dado muita risada sobre o fato, e ainda mais, teriam ganhado a corrida espacial, não precisariam de mais nada, os investidores bateriam a suas portas, tudo seria fácil, seria fácil, se fosse uma grande fraude.
 Se mesmo assim você ainda não crê que um homem chamado Jesus existiu, e que ele fundou o cristianismo, bom, conteste também Pitágoras, Arquimedes, Sócrates, Platão, Zeus, Hercules, Enlil, Buda...
 ...pode ser que Gandhi também seja uma invenção, daqui a 2000 anos... Quem prova?
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